Inicia-se um novo mês e com ele uma nova campanha de saúde: Fevereiro Roxo. O objetivo da ação é conscientizar a população sobre três diferentes doenças: Fibromialgia, que acomete, no Brasil, até 5% da população; Lúpus – que atinge cerca de 65 mil pessoas e Alzheimer, registrado 1,2 milhão de casos.
As doenças representadas pela campanha são bem diferentes, mas possuem em comum o fato de serem patologias que não possuem cura. Por isso, o Fevereiro Roxo é o mês de conscientização para incentivar o diagnóstico precoce, a fim de controlar e/ou retardar os sintomas dessas enfermidades. O objetivo é permitir que os portadores de Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer tenham uma maior qualidade de vida, mesmo convivendo com alguma dessas condições.
As medidas de conscientização são importantes, porque todas as três enfermidades apresentam sintomas iniciais que são relativamente inofensivos. O problema é, ainda, maior com a Fibromialgia – uma das principais patologias reumáticas – pois o diagnóstico é bastante complexo e os médicos encontram dificuldade para identificar a doença.
Normalmente, os sintomas são dores no corpo, em articulações, músculos, tendões, entre outros. Ainda assim, para ser considerada fibromialgia o paciente deve apresentar dor generalizada por mais de três meses e sensibilidade entre 11 e/ou 18 pontos pressionados durante a consulta, conhecidos como “pontos dolorosos.” Além da dor, ocorrem sintomas como fadiga, sono não reparador (a pessoa acorda com a sensação de que não dormiu), problemas de memória, concentração, ansiedade, formigamentos, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.
Quanto ao Lúpus, os sinais mais comuns são: lesões na pele; dor nas articulações; inflamação nos rins e alterações sanguíneas. Os sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva – em meses – ou mais rapidamente – em semanas – e variam com fases de atividade e de remissão.
A doença de Alzheimer é neurodegenerativa e os principais sintomas são a falta de coerência na fala e a perda de memória recente. O portador pode lembrar com precisão de fatos de anos atrás, mas esquecer de ações simples e recentes.
A campanha é importante porque, além de dar visibilidade as patologias e aos seus sintomas, incentiva que aqueles que suspeitam de algum problema procurem por um médico, afinal, entender as questões relacionadas a doenças graves é fundamental para cuidar da sua saúde.
A fibromialgia é uma síndrome de dor crônica generalizada e acomete até 5% da população, atingindo principalmente as mulheres na idade adulta, porém, os homens, idosos e jovens podem ser afetados também. Embora ainda não tenha sido descoberta a cura para a enfermidade, algumas pessoas apresentam melhoras com o tempo e, em alguns casos, os sintomas retrocedem quase 100%. Um dos melhores tratamentos para controlar a patologia é a atividade física. Há evidência científica de que essa prática causa grande impacto na melhora da dor, humor e na qualidade de vida da pessoa diagnosticada com fibromialgia.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas Lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune e pode afetar pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém, as mulheres são muito mais acometidas. A doença surge entre os 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e afrodescendentes.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima que haja cerca de 65 mil pessoas com lúpus, sendo que 90% dos casos são mulheres. Acredita-se que uma em cada 1.700 mulheres brasileiras tenham a doença. Apesar de não ter cura, o lúpus pode ser controlado com uso de remédios que ajudam a diminuir a ação do sistema imune.
É uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode ser controlada. A maioria dos portadores são pessoas idosas. O Mal de Alzheimer se apresenta como demência – principal causa – e/ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), devido a morte das células cerebrais que, consequentemente, reduz a capacidade de realizar tarefas simples, interferindo no comportamento e na personalidade. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo, assim, melhor qualidade de vida ao portador e a família.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos – a maior parte deles ainda sem diagnóstico.
Fonte: Conectando Pessoas